"Quando a lua tocar o topo da árvore mais alta, um segredo da floresta será revelado." Maria leu a mensagem escrita em um papel amarelado, achada dentro de uma garrafa enterrada no jardim. Ela estava brincando com seu cachorro Pogo, um vira-lata marrom que sonhava em ser um unicórnio.
"Pogo, você ouviu isso? Um segredo da floresta! Deve ser mágico!" Maria, com seus seis anos e uma imaginação sem limites, amava tudo que fosse mágico. Fadas, princesas, e principalmente, mistérios!
O sol já estava se pondo, pintando o céu de laranjas e rosas, quando Maria e Pogo chegaram ao parquinho perto da floresta. Aquele era seu lugar preferido em todo o Recife! Ela amava correr entre as árvores, sentir o vento fresco em seu rosto e ouvir os pássaros cantando. "Estar na natureza é mágico, você não acha, Pogo?", ela perguntou, olhando para seu cachorro que balançava o rabo, feliz.
De repente, um vento frio passou por eles, fazendo as folhas das árvores sussurrarem. No topo da árvore mais alta, a lua começava a aparecer, redonda e brilhante. No mesmo instante, uma névoa esverdeada surgiu no meio do parquinho, girando e tomando forma.
"Olha Pogo, a lua! E a névoa... parece mágica!", Maria sussurrou, os olhos arregalados de curiosidade.
A névoa se dissipou, revelando um senhor baixinho com um chapéu pontudo e uma longa barba branca. Ele usava uma túnica azul escura coberta de estrelas prateadas que brilhavam na luz da lua.
"Olá", disse o senhor com um sorriso gentil. "Sou o Mago da Floresta. Vocês devem ser Maria e Pogo, certo?"
Maria estava boquiaberta. O Mago da Floresta! Ela conseguia ouvir Pogo choramingar baixinho, um pouco assustado. "Não tenha medo, Pogo", Maria sussurrou, usando seu superpoder de falar com animais. "Ele parece legal."
O Mago riu, um som parecido com o tilintar de sinos. "Não se preocupem, não quero fazer mal. Vocês encontraram a minha mensagem, então isso significa que um de vocês tem um desejo a realizar."
Maria sentiu seu coração bater mais rápido. Um desejo? Isso era ainda melhor do que ela imaginava! Mas então ela olhou para Pogo, que a olhava com aqueles olhos pidões de cachorro. "Na verdade, senhor Mago, o desejo é do Pogo. Ele quer muito ser um unicórnio!"
O Mago olhou para Pogo e então começou a rir novamente. "Ah, mas esse é um desejo e tanto! Leva tempo e muita magia para transformar um cachorro em um unicórnio."
Pogo choramingou novamente, desapontado. Maria abraçou seu amigo. "Tudo bem, Pogo. Talvez outro dia?"
O Mago observava tudo com um brilho nos olhos. "Sabem de uma coisa? Admiro a bondade de vocês. A natureza precisa de mais pessoas como vocês. Que tal um presente especial?"
E com um movimento rápido de suas mãos, o Mago fez surgir um lindo chifre de unicórnio, que brilhava com a mesma luz da lua. Ele o colocou na cabeça de Pogo. "Pronto! Não é exatamente um unicórnio, mas você terá o chifre mais brilhante da floresta."
Pogo latiu de alegria, correndo em círculos com seu novo chifre brilhando. Maria abraçou o Mago, agradecendo sem parar.
Quando a lua já estava alta no céu, Maria e Pogo se despediram do Mago e voltaram para casa. Maria sabia que jamais esqueceria aquela noite mágica no parquinho. Afinal, ela havia aprendido que a verdadeira magia está na bondade, na amizade, e no sussurro da natureza.