O Tesouro Escondido da Fada

O Tesouro Escondido da Fada

Joao estava brincando no quintal de casa, imaginando ser um corajoso pirata em busca de um tesouro perdido. Ele corria tão rápido que parecia um foguete, desviando das árvores e dos canteiros de flores. "Uhuuu! Terra à vista!", gritava ele, segurando firme seu dinossauro de brinquedo. De repente, ele viu algo brilhante escondido atrás do pé de manga. Era um bilhete minúsculo, escrito em letras douradas e brilhantes! Curioso, Joao pegou o bilhete e leu em voz alta: "Siga o arco-íris e encontre a fada no navio pirata. Ela precisa da sua ajuda!".

Joao arregalou os olhos, incrédulo. Um navio pirata de verdade? E uma fada? Isso era melhor que qualquer brincadeira! Ele correu para dentro de casa, o coração batendo forte. "Vovó Adélia! Vovó!", ele gritou, procurando por sua avó. Adélia estava na cozinha, preparando um lanche para o neto. "O que foi, meu amor? Parece que viu um fantasma!", ela disse, rindo. Joao contou tudo sobre o bilhete, a fada e o navio pirata. No começo, Adélia pensou que fosse mais uma das aventuras imaginárias de Joao, mas o brilho nos olhos do neto a fez mudar de ideia.

"Sabe, Joao, quando eu era pequena, também sonhava em conhecer fadas e seus mundos mágicos", ela confessou, um brilho nostálgico em seus olhos. "Elas dizem que as fadas são seres de luz, pequeninas e com asas de borboleta, que carregam varinhas de condão e realizam desejos. Seres doces, que trazem brilho e fazem o bem!". Joao ficou ainda mais animado! "Então vamos juntos, vovó! Você me ajuda a encontrar a fada?". Adélia sorriu. Ela não podia negar nada ao seu netinho aventureiro.

Juntos, eles saíram de casa e seguiram o arco-íris que, como em um passe de mágica, apareceu no céu. O arco-íris os guiou até a praia, onde um magnífico navio pirata os aguardava. Era enorme, todo de madeira, com um mastro altíssimo e uma bandeira com uma caveira. Os piratas cantavam alegremente no convés, e um papagaio falante os acompanhava no ombro do capitão. Ao chegarem perto, os piratas os receberam com festa! O papagaio, com sua voz estridente, gritou: "Temos visitas! Que vieram ajudar a fadinha!".

No convés, uma fada, ainda menor que o polegar de Joao, esperava aflita. Ela tinha as asas translúcidas e carregava uma varinha de condão que brilhava como mil vagalumes. "Obrigada por terem vindo!", a fada disse com uma voz doce como mel. "Eu perdi meu colar mágico. Sem ele, não consigo realizar os desejos das crianças e levar alegria para o mundo!". Joao, corajoso, se ofereceu para ajudar. A fada explicou que o colar havia caído no porão do navio, um lugar escuro e cheio de coisas antigas.

Sem hesitar, Joao, acompanhado de sua avó, se aventurou no porão. Ele usou sua super velocidade para desviar de barris e cordas, enquanto Adélia iluminava o caminho com a lanterna do celular. "Cuidado, Joao!", alertava Adélia, preocupada. "Lembre-se do que sua mãe sempre diz: acredite em você, meu amor!". Joao se lembrou das palavras da mãe. Ele podia fazer isso! Respirou fundo e continuou a busca, confiante.

Finalmente, no fundo de um baú empoeirado, ele encontrou o colar da fada! Brilhante e delicado, com uma pedra azul que parecia uma gota de céu. Joao voltou correndo para o convés, orgulhoso de si mesmo. Ele havia enfrentado seus medos e ajudado a fada! A fada, radiante, colocou o colar e, num piscar de olhos, um show de luzes multicoloridas iluminou o céu.

"Você foi muito corajoso, Joao! Obrigada por acreditar em si mesmo e me ajudar a trazer a alegria de volta!", disse a fada, com um sorriso. Joao e Adélia se despediram da fada e dos piratas, levando consigo a magia daquela aventura inesquecível. Joao aprendeu que acreditar em si mesmo era o maior tesouro que ele poderia ter. E, quem sabe, em outras aventuras, a fada e os piratas os aguardavam para mais um capítulo de alegria e fantasia!

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