Era uma vez uma criança curiosa e exploradora chamada Beatriz. Ela tinha cabelos ruivos e ondulados, olhos azuis brilhantes e um sorriso que contagiava a todos. Beatriz adorava passear pela floresta, inventando aventuras e sonhando com piratas. Em um dia ensolarado, enquanto observava formigas carregando migalhas em um gramado verdejante, ela escutou vozes vindas do meio da floresta. "Que conversa animada é essa?", pensou Beatriz. Aventureira como era, não hesitou em seguir a trilha das vozes, curiosa para descobrir quem conversava com tanta animação!
E então, por entre as árvores frondosas, ela encontrou três porquinhas! Era a Rosinha, a mais corada e travessa; a Pintadinha, com manchas pretas e um olhar esperto; e a Branquinha, a mais calma e organizada. As porquinhas estavam conversando animadamente, e assim que viram Beatriz, pararam e a olharam com um brilho nos olhos.
"Olá!", disseram em coro, sem nem esperar que Beatriz se apresentasse. "Você mora em uma casa?"
Beatriz ficou um pouco confusa. "Claro que moro! Em Curitiba, com a minha família, em uma casa bem aconchegante."
Rosinha, a mais nova, explicou: "Nós, as três irmãs, saímos da casa da nossa mãe. Já crescemos, e ela nos aconselhou a construirmos nossas próprias casas. A floresta é perigosa, e existe um lobo que adora comer porquinhos!"
Beatriz, com seus sete anos, achou a ideia do lobo um pouco assustadora. "A mamãe diz que os lobos só comem carne de porco! E que nós, os humanos, não somos de porco!"
As porquinhas, ainda um pouco assustadas, concordaram com a observação da Beatriz e resolveram construir suas casas o mais rápido possível. "Podemos te ajudar!", disse Beatriz, com um sorriso radiante.
Rosinha, ansiosa para brincar, resolveu construir sua casa de palha. Ela amarrou grandes blocos de palha e nem porta nem janela fez. "Terminar logo para brincar!", pensava Rosinha. "Beatriz, venha me ajudar!" gritou ela, mas Beatriz disse: "Vou ajudar um pouco cada uma de vocês, para que todas possam brincar juntas! Eu adoro brincar de encontrar tesouros escondidos!"
Pintadinha, a segunda irmã, foi buscar madeira na floresta e construir sua cabana. Ela fez um telhado, portas e janelas, mas não se preocupou em colocar muitos pregos, afinal, estava ansiosa para brincar com sua irmã. "Até mais tarde, Beatriz, vou brincar um pouco!"
Branquinha, a mais organizada, queria construir uma casa como a de sua mãe, com tijolos, cimento, janelas de vidro e um telhado seguro. "Demorou, mas vai ser linda!", disse Branquinha. Beatriz e Branquinha suaram muito durante o trabalho, mas riam enquanto construíam. Olhavam para as outras duas irmãs brincando e se divertiam imaginando como seria sua casa nova.
Quando a casa de Branquinha ficou pronta, ela convidou Beatriz para comer alguma coisa. "Que tal prepararmos algo no fogão à lenha que construímos?", perguntou Branquinha. Beatriz, a aventureira, amou a ideia.
Naquela noite, o lobo apareceu! As porquinhas e Beatriz sentiram medo. O lobo foi direto para a casa de palha. "Sopro, sopro, sopro!", resmungou o lobo, e com apenas um sopro forte, a casa de palha se desfez! Rosinha saiu correndo pela floresta escura. "Que susto!", pensou Beatriz, "podemos ir para o meu esconderijo secreto na Ilha dos Tesouros, se precisarmos!"
O lobo, faminto e impaciente, foi logo para a cabana de madeira. "Sopro, sopro, sopro!", resmungou ele, e com dois sopros fortes, a casa de madeira se desfez! Pintadinha saiu correndo e encontrou Rosinha escondida na floresta.
O lobo, furioso, foi até a casa de tijolos, de onde saia um cheiro delicioso da chaminé. "Sopro, sopro, sopro!", resmungou ele, mas a casa não caiu! O lobo, irritado, resolveu descer pela chaminé. "Parece uma boa ideia!", pensou ele, mas quando começou a descer, sentiu um cheiro de queimado! Seu rabo estava pegando fogo!
Dessa vez era o lobo que sentia medo. Ele correu para longe da casa de tijolos, gritando de dor! Rosinha e Pintadinha, escondidas na floresta, deram risadas ao ver o lobo correndo, e voltaram para casa, recebidas por Branquinha com um abraço apertado. Juntas com Beatriz, elas tomaram uma sopa deliciosa. Era bom se sentir acolhida, dentro de uma casa quentinha e segura!
E assim, Beatriz e as três porquinhas se deliciaram naquela noite, percebendo que, às vezes, o que é bom, leva tempo!