As três porquinhas com Bernardo

As três porquinhas com Bernardo

Era uma vez uma criança curiosa e exploradora chamada Bernardo. Ele tinha sete anos, cabelos loiros e ondulados e olhos azuis. Bernardo adorava passear pela floresta atrás de sua casa, em São Paulo. Era quando ele sonhava com o espaço, seus astronautas favoritos e as estrelas brilhantes. Naquele dia, Bernardo explorava o gramado, uma clareira em meio à floresta, observando uma trilha de formigas. De repente, ouviu vozes! "O que será que estão falando?", pensou Bernardo, com seu olhar curioso.

Ele se aproximou devagar, espiando por trás de uma árvore. Eram três porquinhas, fofinhas e engraçadas! Uma delas, a mais alta, usava óculos de sol enormes, enquanto a do meio, a mais magrinha, segurava um livro de contos de fadas. A menor, com um laço de fita rosa na cabeça, brincava com um barbante, fazendo um nó atrás do outro.

"Olá! Você mora em uma casa?", perguntou a porquinha de óculos, antes mesmo de se apresentarem.

Bernardo ficou confuso. "Claro que sim! Moro em São Paulo, com meus pais e minha irmã. Minha casa é bem aconchegante!"

A porquinha menor soltou um suspiro. "Nós três saímos da casa da nossa mãe. Já estamos crescidas! Ela nos disse para construirmos nossas próprias casas, porque a floresta tem perigos, como um lobo que adora comer porquinhos!" Bernardo, com seus sete anos, arregalou os olhos.

"Eu posso ajudar vocês!", exclamou Bernardo, cheio de entusiasmo.

As porquinhas se entreolharam, animadas. A primeira, com seus óculos, resolveu construir uma casa de palha. Ela amarrou grandes blocos de palha, mas não teve tempo para fazer porta ou janela. "Preciso brincar!", gritou, chamando Bernardo para acompanhá-la. Mas Bernardo, gentil como sempre, disse que ajudaria todas, um pouquinho para cada, para que pudessem brincar juntas. Afinal, Bernardo amava brincar com seu superpoder: viajar pelo espaço!

A porquinha do meio foi buscar madeira na floresta e construiu sua cabana. Ela fez telhado, portas, janelas, mas viu sua irmã brincando e não se preocupou em colocar muitos pregos. "Vou brincar também!", gritou, deixando a casa quase pronta.

Bernardo então foi ajudar a terceira porquinha, a menorzinha. Ela queria construir uma casa como a de sua mãe, com tijolos, cimento, janelas de vidro, um telhado seguro. Era um trabalho difícil e demorado, mas Bernardo e a porquinha suavam e davam risada enquanto construíam.

Enquanto isso, as duas outras porquinhas já estavam livres, se divertindo aos montes. Quando a terceira porquinha e Bernardo terminaram a obra, ela o convidou para comer alguma coisa em sua casa nova. "Podemos cozinhar algo no fogão à lenha que construímos!", disse a porquinha, sorridente. Bernardo, com sua curiosidade, adorou a ideia!

Naquela noite, o lobo apareceu! As porquinhas e Bernardo sentiram medo! O lobo foi direto para a casa de palha e com apenas um sopro forte, derrubou toda a casa! A porquinha que vivia ali saiu correndo pela floresta escura, sem que o lobo pudesse alcançá-la. "Podemos ir para a minha nave espacial, se precisar!", disse Bernardo, preocupado.

O lobo, com fome e sem tempo a perder, foi para a cabana de madeira. Precisou de dois sopros fortes, e a casa se desfez. A segunda porquinha saiu correndo e encontrou sua irmã escondida na floresta.

O lobo, já irritado, foi soprar a terceira casa, de tijolos. Da chaminé, saia um cheiro delicioso. Soprou, soprou, soprou, mas nada! A casa não caia! Ele então resolveu descer pela chaminé! Parecia uma boa ideia! E quando começou a descer, sentiu um cheiro de queimado! Seu rabo estava pegando fogo!

Dessa vez, era o lobo que sentia medo! Ele foi logo embora de lá! As duas porquinhas escondidas deram risada quando viram o lobo correndo e enfim puderam voltar. Sua irmã as acolheu e junto a Bernardo tomaram uma sopa deliciosa! Era bom se sentir acolhido, dentro de uma casa quentinha e segura!

E assim, Bernardo e as três porquinhas se deliciaram naquela noite, percebendo que, às vezes, o que é bom, leva tempo!

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