Era uma vez uma criança curiosa e exploradora chamada Isabella. Ela tinha seis anos, cabelos loiros e ondulados que emolduravam seus olhos azuis brilhantes. Isabella adorava passear pela floresta perto de sua casa em Brasília, principalmente quando o sol estava brilhando e o céu azul se estendia como um imenso tapete. Era nesses momentos que a imaginação de Isabella voava, e ela se imaginava em terras mágicas, cavalgando sobre unicórnios com suas crinas douradas e cascos prateados.
Nesse dia, Isabella explorava uma clareira na floresta, seus pés descalços tocando a grama macia e fresca. Ela observava uma fileira de formigas carregando migalhas maiores que elas mesmas, quando ouviu vozes. "Onde será que vem essa conversa?", pensou Isabella, sua curiosidade a puxando para mais perto.
Isabella espreitou por entre as árvores e lá estavam elas! Três porquinhas, cada uma mais engraçada que a outra. A mais velha tinha uma pinta no focinho e se chamava Rosinha. A do meio, chamada Branca, tinha um rabo que parecia um pincel, e a mais nova, Lilás, era a mais travessa e usava uma fita rosa no pescoço!
"Olá!", gritou Lilás, toda sorridente. "Você mora em uma casa?". As outras porquinhas riram, mas Isabella ficou confusa. "Claro que moro!", respondeu, um pouco sem graça. "Eu moro em uma casa em Brasília, com a minha família! É uma casa bem aconchegante."
"Ah, que bom!", disse Rosinha. "Nós três acabamos de sair da casa da nossa mãe. Crescemos, sabe? E ela disse que a floresta é perigosa, tem um lobo que adora comer porquinhos!"
Isabella arregalou os olhos. "Um lobo?", murmurou, lembrando das histórias que sua avó contava.
"Mas não se preocupe!", disse Branca. "A mamãe disse que temos que construir nossas próprias casas! Assim, o lobo não vai nos pegar!"
"E eu posso ajudar!", exclamou Isabella. "Eu adoro construir castelos de areia!"
"Oh, que legal!", disse Lilás, animada. "Rosinha, você já terminou sua casa de palha?".
Rosinha estava toda contente com sua casinha de palha, que ela mesma havia construído. "Já está pronta!", disse ela, orgulhosa. "Agora só falta a porta e as janelas, mas eu quero ir brincar!"
"Calma, Rosinha!", disse Isabella, com um sorriso. "Eu te ajudo a terminar a sua casa. Depois, a gente ajuda a Branca e a Lilás!"
Branca tinha ido até a floresta buscar madeira para construir sua casa. Ela usou galhos grossos e folhas secas para fazer o telhado, portas e janelas. Mas ficou tão encantada com sua cabana que esqueceu de colocar pregos. "Pronto, terminei!", exclamou Branca, correndo para brincar com Rosinha.
Isabella então foi ajudar Lilás. Lilás queria construir uma casa igualzinha à da sua mãe, com tijolos, cimento, janelas de vidro e um telhado bem forte. "A gente vai precisar de muito tempo para terminar!", disse Lilás, enquanto segurava um tijolo pesado.
Isabella e Lilás trabalharam duro, mas se divertiram muito. Elas riam enquanto misturavam o cimento e colocavam os tijolos no lugar. "Essa casa vai ficar linda!", disse Isabella, orgulhosa.
Enquanto Isabella e Lilás terminavam a construção, as outras duas porquinhas brincavam sem parar. Era uma alegria só! Finalmente, a casa de tijolos estava pronta.
"Que tal a gente comer alguma coisa na sua casa?", perguntou Isabella para Lilás.
"Que ideia ótima!", respondeu Lilás. "Podemos fazer uma sopa no nosso fogão à lenha!"
E assim, as três porquinhas e Isabella se sentaram à mesa, prontas para saborear a sopa que Lilás tinha feito. Mas, de repente, um uivo assustador ecoou pela floresta! Era o lobo!
As porquinhas e Isabella se assustaram. O lobo era grande e feroz, com dentes afiados e olhos vermelhos. Ele foi direto para a casa de palha de Rosinha.
"Socorro!", gritou Rosinha.
O lobo soltou um sopro forte e a casa de palha se desfez como pó. Rosinha saiu correndo, com medo, enquanto o lobo a perseguia pela floresta escura.
"Vamos para o meu esconderijo!", gritou Isabella, com medo. "Ele é um lugar mágico, só que precisa de uma senha secreta!"
"Onde fica?", perguntou Branca.
"É uma nuvem mágica", respondeu Isabella. "Mas só podemos ir lá se a gente estiver com medo."
O lobo, faminto e sem paciência, foi até a casa de madeira de Branca. Ele soltou dois sopros fortes e a casa se desfez em segundos. Branca saiu correndo e encontrou Rosinha escondida na floresta.
O lobo, irritado, foi até a casa de Lilás. Ele viu fumaça saindo pela chaminé e sentiu um cheiro delicioso. "Essa casa vai ser minha!", pensou o lobo.
Ele começou a soprar a casa de tijolos, mas nada aconteceu. A casa era forte e não se mexia. O lobo resolveu entrar pela chaminé. Mas quando ele começou a descer, sentiu um cheiro de queimado! Seu rabo estava pegando fogo!
"Aaaaa!", gritou o lobo, com medo.
Ele saiu correndo, deixando um rastro de fumaça para trás.
As três porquinhas e Isabella deram risada ao verem o lobo fugindo. Elas estavam seguras dentro da casa de tijolos.
"Ufa!", disse Lilás, respirando aliviada.
"Que bom que a gente construiu uma casa forte!", disse Rosinha, abraçando a irmã.
"A gente aprendeu que o que é bom leva tempo", disse Isabella, sorrindo.
E assim, Isabella e as três porquinhas se deliciaram naquela noite, percebendo que, às vezes, o que é bom, leva tempo!