As três porquinhas com Lívia

As três porquinhas com Lívia

Era uma vez uma criança curiosa e exploradora chamada Lívia. Lívia adorava passear pela floresta, principalmente quando o sol batia forte e o ar ficava quente. Era nesses momentos que sua mente, repleta de histórias, começava a criar aventuras. Ela imaginava personagens fantásticos e cenários mágicos, que só existiam em sua cabeça.

Naquele dia, Lívia estava explorando uma clareira no meio da floresta, observando as formigas que carregavam migalhas de pão em fila indiana. De repente, escutou uma conversa. “Que conversa animada!” pensou Lívia, curiosa. “Preciso descobrir o que estão falando!”. Com seus olhos verdes e brilhantes, ela se esgueirou entre as árvores, guiada pela curiosidade e sua imaginação criativa.

Lívia logo descobriu quem eram as vozes que tanto a intrigavam: três porquinhas, cada uma com um jeito diferente. A primeira porquinha, toda rosada e com o focinho arrebitado, era muito agitada e falava sem parar. A segunda, mais magrinha e com orelhas grandes, era um tanto distraída e adorava cantarolar. Já a terceira, a mais velha, era calma e pensativa, com uma carinha séria e olhos escuros que observavam tudo ao redor.

“Oi! Vocês moram em uma casa?”, perguntaram as porquinhas, sem sequer esperar Lívia se apresentar.

Lívia ficou confusa. “Claro que eu moro em uma casa!”, respondeu. “Minha casa fica em Maceió, é uma casinha aconchegante onde eu moro com meus pais e meu cachorrinho, o Totó.”

“Mas nós deixamos a casa da nossa mãe!”, disse a porquinha mais nova, com um sorriso largo. “Já crescemos e ela nos aconselhou a construir nossas próprias casas. A floresta é um lugar perigoso, com lobos e outros animais selvagens. O lobo é um perigo, ele ama comer porquinhos!”

Lívia, com seus seis anos de idade, nunca tinha visto um lobo de verdade. Ela achava que lobos eram só personagens de histórias, mas ao ver a preocupação nas porquinhas, decidiu ajudar.

“Eu posso ajudar vocês a construir as casas!”, exclamou, com um brilho nos olhos.

Cada porquinha tinha uma ideia diferente para sua casa. A primeira porquinha, impaciente, decidiu usar palha. Ela amarrou grandes blocos de palha, sem se preocupar com portas ou janelas. “Preciso terminar logo para ir brincar!”, exclamou, chamando Lívia para ajudá-la. Mas Lívia queria ajudar todas as porquinhas. “Vamos construir um pouquinho para cada uma, assim podemos brincar juntas!”, disse Lívia.

A segunda porquinha foi buscar madeira na floresta e construiu sua cabana com telhado, portas e janelas. Mas viu sua irmã brincando e não se preocupou em colocar muitos pregos. “Vou brincar também!”, gritou, deixando Lívia sozinha para ajudar a terceira porquinha.

A terceira porquinha queria construir uma casa como a de sua mãe, com tijolos, cimento, janelas de vidro e um telhado seguro. “Essa casa vai ser a mais forte da floresta!”, declarou, com um sorriso de satisfação. Lívia e ela suaram muito com todo esse trabalho, mas davam risadas enquanto construíam. A casa demorou um pouco para ficar pronta, enquanto as outras duas porquinhas já estavam livres, brincando sem parar.

Quando a casa de tijolos ficou pronta, a terceira porquinha convidou Lívia para comer alguma coisa em sua casa nova. Lívia se empolgou! A casa era linda e aconchegante, com um fogão à lenha que eles podiam usar para cozinhar.

Naquela noite, o lobo apareceu! As porquinhas e Lívia sentiram medo. O lobo foi direto para a casa de palha e com apenas um sopro forte, derrubou toda a casa! A porquinha que vivia ali saiu correndo pela floresta escura, sem que o lobo pudesse alcançá-la.

“Oh, não!”, exclamou Lívia, preocupada. “Podemos ir para o meu esconderijo, o Castelo de Contos, se precisarmos!”.

O lobo, com fome e sem perder tempo, foi para a cabana de madeira. Precisou de dois sopros fortes, e logo a casa se desfez. A segunda porquinha saiu correndo e encontrou sua irmã escondida na floresta.

O lobo, irritado, foi soprar a terceira casa, de tijolos, por onde saia um cheiro delicioso da chaminé. Soprou, soprou, soprou, e nada. A casa não caia. Então resolveu descer pela chaminé! Parecia uma boa ideia! E quando começou a descer, sentiu um cheiro de queimado! Seu rabo estava pegando fogo!

Dessa vez, era o lobo que sentia medo e foi logo embora de lá!

As duas porquinhas escondidas deram risada quando viram o lobo correndo e enfim puderam voltar. Sua irmã as acolheu e junto à Lívia tomaram uma sopa deliciosa! Era bom se sentir acolhimento, dentro de uma casa quentinha e segura!

E assim, Lívia e as três porquinhas se deliciaram naquela noite, percebendo que, às vezes, o que é bom, leva tempo!

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