As três porquinhas com Valentina

As três porquinhas com Valentina

Era uma vez uma criança curiosa e exploradora chamada Valentina. Ela tinha quatro aninhos, cabelos loiros e ondulados e olhos azuis que brilhavam de felicidade. Valentina adorava passear pela floresta, observando as árvores altas e os pássaros cantando. Era nesses momentos que ela imaginava ser uma princesa valente, pronta para enfrentar qualquer aventura.

Naquele dia, enquanto explorava uma clareira ensolarada, Valentina encontrou um formigueiro cheio de atividade. Ela observava as formigas carregando folhas e grãos, fascinada pelo trabalho incansável delas. De repente, Valentina escutou algumas vozes vindo de dentro da floresta. "Que conversa animada!", pensou Valentina, sua curiosidade a impulsionando para frente.

Com seus passinhos rápidos, Valentina seguiu as vozes até que encontrou três porquinhas fofinhas e engraçadas. Uma delas, a mais gordinha, tinha uma pinta marrom no focinho. A outra, a mais magra, tinha um rabo com um tufo de pelos brancos. A menorzinha era a mais travessa, com orelhas grandes e arrebitadas.

"Olá!", disseram as porquinhas em coro, olhando para Valentina com seus olhinhos brilhantes. "Você mora em uma casa?".

Valentina ficou confusa. "Claro que sim!", respondeu, "Eu moro em Campo Grande, com meus pais e meus irmãos. É uma casa bem aconchegante!"

"Nós também morávamos em uma casa", disse a porquinha menor, "mas crescemos e nossa mãe nos ensinou a construir as nossas próprias casas. Ela disse que a floresta tem perigos, como um lobo que adora comer porquinhos!"

Valentina arregalou os olhos, um pouco assustada. "Que horror!", exclamou. "Mas eu posso ajudar vocês a construir suas casas!"

As porquinhas ficaram felizes com a oferta de Valentina. A porquinha gordinha resolveu construir sua casa com palha. Ela amarrou grandes blocos de palha, mas não se preocupou em fazer portas ou janelas. "Quero terminar logo para brincar!", disse ela, chamando Valentina para ajudá-la.

Valentina, porém, preferiu ajudar todas as porquinhas um pouco. "Vamos fazer todas as casas juntas, e depois vamos brincar!", disse ela, animada. "Eu adoro brincar com meu superpoder de controlar o gelo e a neve!".

A porquinha magra, por sua vez, foi buscar madeira na floresta para construir sua cabana. Ela fez um telhado, portas e janelas, mas não colocou muitos pregos. "A minha irmã está brincando, e eu quero ir brincar também!", disse ela.

A porquinha menor, com sua determinação, queria construir uma casa como a de sua mãe, com tijolos, cimento e um telhado bem seguro. "Vamos fazer uma casa forte para ninguém nos machucar!", disse ela.

Valentina e a porquinha menor trabalharam muito, suando e rindo enquanto colocavam tijolos e cimento. Elas viram suas irmãs brincando na floresta, e não se importaram com o tempo.

Quando finalmente terminaram a casa de tijolos, a porquinha menor convidou Valentina para comer alguma coisa. "Vamos fazer um bolo delicioso no nosso fogão à lenha!", disse ela, radiante. Valentina adorava cozinhar, e sua criatividade já estava fervilhando com novas ideias para o bolo.

Naquela noite, o lobo apareceu! Ele estava faminto e com vontade de comer porquinho. As porquinhas e Valentina sentiram medo. O lobo foi direto para a casa de palha e, com um sopro forte, derrubou toda a casa! A porquinha que vivia ali saiu correndo pela floresta escura, sem que o lobo pudesse alcançá-la.

Valentina se preocupou. "Podemos ir para o meu esconderijo, o Castelo de Gelo!", disse ela, pensando em seu superpoder.

O lobo, com fome e sem tempo a perder, foi direto para a cabana de madeira. Ele soprou duas vezes, e a casa se desfez. A porquinha magra saiu correndo e encontrou sua irmã escondida na floresta.

O lobo, já irritado, foi soprar a terceira casa, de tijolos, por onde saia um cheiro delicioso da chaminé. Soprou, soprou, soprou, mas a casa não caia! Ele resolveu descer pela chaminé, achando que seria uma boa ideia.

Ao descer pela chaminé, o lobo sentiu um cheiro de queimado! Seu rabo estava pegando fogo! Ele se assustou e foi embora correndo!

As duas porquinhas escondidas deram risada ao ver o lobo fugindo e puderam voltar para casa. Sua irmã as acolheu, e junto com Valentina, tomaram uma sopa deliciosa! Era bom se sentir acolhido, dentro de uma casa quentinha e segura!

E assim, Valentina e as três porquinhas se deliciaram naquela noite, percebendo que, às vezes, o que é bom, leva tempo!

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