A Inspiração no Parque

A Inspiração no Parque

O sol da manhã esquentou o rosto de Sophia, que espreguiçou na cama, abraçando seu travesseiro. Era sábado e o dia estava lindo para uma aventura no parque, aquele que tinha um foguete enorme bem no meio. Ela amava imaginar que o foguete a levaria para um planeta cheio de monstros amigáveis.

Pulou da cama e correu para a cozinha, onde sua avó, Adélia, preparava um café da manhã de campeã: pão de queijo quentinho, frutas fresquinhas e um copo de leite gelado.

- Bom dia, vó Adélia! - Sophia disse animada, dando um abraço apertado na avó. - Podemos ir ao parque hoje? Quero muito mostrar o desenho que fiz do meu monstro de estimação espacial!

Vó Adélia sorriu, com os olhos brilhando.

- Bom dia, minha flor do dia! Claro que podemos ir ao parque, mas antes me conte tudo sobre esse monstro. Ele é dentuço? Peludo? Tem antenas? - perguntou Adélia, entrando na brincadeira.

Sophia tomou seu café da manhã enquanto contava, com a maior empolgação, sobre as aventuras que imaginava viver com seu monstro espacial: explorando cavernas de cristais, nadando em lagos de suco de laranja e jogando futebol com meteoros. Vó Adélia escutava tudo com atenção, às vezes dando risada das ideias criativas da neta.

Terminado o café, Sophia pegou seus lápis coloridos e o desenho do monstro, e lá foram elas para o parque. No caminho, encontraram um cachorrinho branco com manchas pretas, todo sujinho e com cara de perdido. O coração de Sophia se encheu de pena.

- Vó, olha só, ele parece tão sozinho. Podemos dar um pouco de água e procurar pelo seu dono?

Adélia, que tinha um coração enorme, concordou na hora.

No parque, enquanto procuravam pelo dono do cachorrinho, viram um grupo de crianças reunidas ao redor do foguete, cochichando assustadas. Curiosas, Sophia e Adélia se aproximaram. As crianças contaram que tinham visto luzes estranhas saindo do foguete durante a noite e agora estavam com medo de chegar perto.

Sophia sentiu um frio na barriga, mas lembrou do seu monstro de estimação espacial. Se ele existisse de verdade, certamente não deixaria ninguém com medo. Respirou fundo, encheu o peito de coragem e disse:

- Não precisa ter medo! Eu vou até lá ver o que está acontecendo!

O cachorrinho, que até então estava quietinho ao lado de Adélia, começou a abanar o rabo com entusiasmo e seguiu Sophia. Ela se sentiu mais confiante com o novo amigo ao seu lado.

Chegando perto do foguete, Sophia percebeu que as luzes vinham de dentro da cabine. Com cuidado, espiou pela janelinha e... surpresa! Viu um robozinho simpático, com grandes olhos azuis e uma antena piscando, que parecia estar consertando um painel de controle.

Aliviada, Sophia chamou as outras crianças e explicou que não havia perigo algum. O robozinho, percebendo a presença das crianças, abriu a porta do foguete e se apresentou como Blip. Ele contou que estava em uma missão exploratória, mas que, durante a noite, uma pane no sistema o obrigou a fazer um pouso de emergência no parque.

Blip ficou encantado com a coragem de Sophia e, como forma de agradecimento, convidou todas as crianças para conhecerem o interior de sua nave espacial. A tarde foi repleta de aventuras, risadas e novas amizades.

Sophia voltou para casa feliz, com o coração cheio de alegria e coragem. Tinha aprendido que enfrentar os medos, por menores que sejam, pode levar a grandes descobertas e que a bondade e a compaixão podem transformar qualquer situação.

Enquanto isso, o cachorrinho, já de banho tomado e com uma coleira nova, corria contente pelo quintal, a mais nova adição à família. E a história do dia em que Sophia ajudou um robô espacial no parque se tornou a favorita da hora de dormir.

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