O Mistério das Cores Perdidas

O Mistério das Cores Perdidas

Helena corria pelo parquinho, o vento bagunçando seus cabelos. Era um dia lindo, o sol brilhava e os passarinhos cantavam. Mas de repente, tudo ficou cinza! As cores vibrantes dos balanços, do gira-gira e até do céu tinham sumido! O que será que aconteceu?, pensou Helena, seu coração batendo mais forte. A coragem, aquela força que vinha lá do fundo do seu peito, a impulsionou a desvendar esse mistério.

Ela correu até seu avô, Lindolfo, que lia um livro debaixo de uma árvore. Vovô, vovô! As cores do parquinho sumiram, tudo ficou cinza!, exclamou Helena, com os olhos arregalados.

Calma, Helena, me conte tudo com calma, disse o avô, fechando o livro. Lindolfo era um homem sábio e adorava ouvir as histórias de sua netinha.

Helena explicou que as cores tinham desaparecido como mágica. Parecia coisa de outro mundo!, exclamou ela.

De outro mundo?, indagou Lindolfo, com um brilho nos olhos. Sabe, Helena, outro dia li num livro antigo sobre seres de outros planetas que se alimentam de cores vibrantes. Eles devem estar por perto!

Helena, com a ajuda do seu superpoder de falar com animais, começou a investigar. “Você viu algo diferente, Lulu?”, perguntou para uma cachorrinha que abria um sorriso com o rabo. Lulu latiu em direção a um arbusto que se mexia de forma estranha.

Aproximaram-se com cuidado e, para a surpresa de Helena, viram pequenas criaturas coloridas saindo de dentro do arbusto. Elas eram redondas e fofinhas, com antenas que brilhavam e mudavam de forma o tempo todo!

Lindolfo, que já tinha visto de tudo na vida, se espantou: Ora, ora, mas que criaturinhas mais interessantes! Parecem que vieram de outro planeta mesmo!

Com jeitinho, Helena se aproximou das criaturinhas. “Oi, por que vocês pegaram as cores do parquinho?”, perguntou com doçura.

As criaturinhas, que não eram de falar a língua dos humanos, responderam com uma série de luzes e sons. Helena, usando seu superpoder, entendeu tudo! Elas estavam perdidas e famintas, e as cores do parquinho eram o único alimento que conseguiam reconhecer.

Helena explicou a situação para o seu avô. Lindolfo, sempre sábio, sugeriu: “Por que não oferecemos a elas as frutas coloridas que trouxemos para o lanche? Elas devem estar famintas!”

As criaturinhas vibraram, felizes com a ideia. Devoraram as frutas com muita alegria, suas cores se intensificando a cada mordida.

Satisfeitas, as criaturinhas usaram suas anteninhas para devolver as cores roubadas. Num piscar de olhos, o parquinho voltou a ser o festival de cores que era antes.

As criaturinhas se despediram de Helena e Lindolfo, agradecendo a gentileza. Entraram novamente no arbusto, que brilhou em mil cores antes de voltar a cor normal.

Uau, vovô! Que aventura emocionante! Aprendi que a coragem não é não sentir medo, mas sim, agir com o coração, mesmo quando estamos com medo, disse Helena, abraçando seu avô.

Lindolfo sorriu. A coragem te levou a desvendar o mistério e ajudar essas criaturinhas. Você foi muito corajosa, Helena!, elogiou, orgulhoso.

Enquanto caminhavam de volta para casa, Helena percebeu que o mundo parecia ainda mais colorido e vibrante. A aventura tinha deixado uma marca em seu coração: a certeza de que a coragem e a gentileza podem transformar qualquer situação, por mais estranha que possa parecer!

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