O Caso dos Peixinhos Coloridos na Lua

O Caso dos Peixinhos Coloridos na Lua

Filó, a cachorrinha aventureira de Enzo, adorava pular. Ela pulava na grama, na cama, e até tentava pular nas paredes! Enzo, um menino sorridente de 5 anos, ria muito das estripulias de Filó. Um dia, enquanto brincavam no quintal, Enzo viu algo inacreditável: um enorme raio de luz verde e roxo brilhava no céu, bem em cima da casinha de madeira do cachorro!

Curioso, Enzo segurou a coleira de Filó e, com cuidado, se aproximou da casinha. A caminha de Filó estava vazia, mas no lugar dela... havia uma portinha redonda e brilhante! Enzo hesitou por um segundo, sentindo um friozinho na barriga. Ele era um pouco medroso às vezes, mas sabia que precisava ser responsável e descobrir o que tinha acontecido com Filó. Engolindo o medo, Enzo puxou a portinha e... puf! Ele estava em um lugar totalmente diferente!

A grama verde e as árvores coloridas tinham sumido, dando lugar a um chão branco e cheio de crateras. Enzo olhou para cima e viu a Terra, pequenininha e azul, flutuando no céu escuro. “Uau, a Lua!”, exclamou Enzo, maravilhado. De repente, viu Filó, que pulava toda feliz ao lado de uma poça de água. Era estranho… uma poça de água na Lua?

Aproximando-se da poça, Enzo percebeu que ela era, na verdade, um lago cristalino, e dentro dele nadavam os seres mais incríveis que ele já tinha visto! Eram peixinhos coloridos, que brilhavam como diamantes, e tinham longas caudas esvoaçantes como fitas de seda. Enzo nunca tinha visto nada parecido!

“Olá!”, disse um dos peixinhos, que tinha escamas cor de rosa e uma voz fininha. “Somos os Guardiões das Cores da Lua. Você deve ser Enzo, certo?”

Enzo ficou surpreso. Como aqueles peixinhos sabiam o nome dele? “S-sim, sou eu”, respondeu Enzo, ainda impressionado. “Mas como vocês...?”

“Nós sabemos de tudo o que acontece na Lua”, interrompeu outro peixinho, com escamas douradas e uma voz grave. “E estamos com um problema muito sério. Alguém roubou nossas cores! Sem elas, a Lua ficará escura e triste.”

Enzo sabia que precisava ajudar. Afinal, ele era responsável por ter seguido Filó até aquele lugar mágico. “Eu ajudo vocês!”, exclamou Enzo, com determinação. “Mas como vamos encontrar quem fez isso?”

“Precisamos seguir as pistas”, disse o peixinho rosa. “As cores deixaram um rastro brilhante por onde passaram. Você consegue vê-los?”

Enzo olhou ao redor com atenção. Era difícil enxergar no escuro, mas, de repente, ele viu! Um rastro de purpurina multicolorida seguia em direção a uma caverna escura. “Encontrei!”, gritou Enzo, apontando para a caverna. “Vamos lá, Filó!”

Atravessando a caverna, que brilhava com a luz da Terra refletida em suas paredes, Enzo e Filó chegaram a um salão enorme. No centro, um ser estranho, com a forma de um cubo gigante e cheio de olhos, dormia profundamente. Ao redor dele, vários frascos de vidro guardavam um líquido brilhante de diferentes cores. Eram as cores roubadas da Lua!

Enzo precisava ser corajoso. Ele sabia que, se não fizesse nada, a Lua ficaria para sempre sem cor. Aproximando-se do ser adormecido, Enzo o cutucou com cuidado. “Senhor Cubo?”, chamou Enzo. “Acho que isso aqui pertence aos peixinhos!”

O Cubo abriu um olho sonolento e, ao ver Enzo, soltou um grito assustado. Ele não queria fazer mal a ninguém, só estava com saudades das cores vibrantes de seu planeta natal. Enzo, compreendendo a situação, teve uma ideia.

“Você pode visitar a Lua sempre que quiser”, disse Enzo, “mas não pode roubar as cores dos outros! Que tal se você fizer uma troca? Compartilhe as cores do seu planeta com os peixinhos, e eles te mostrarão como usar as cores da Lua para criar novas tonalidades!”

O Cubo, envergonhado, concordou. Ele aprendeu que, com responsabilidade, todos podiam compartilhar a beleza do universo. Enzo e Filó voltaram para casa através da portinha mágica na casinha do cachorro, levando consigo a história incrível dos peixinhos coloridos da Lua. A aventura tinha terminado, mas a amizade e a responsabilidade de Enzo brilhavam ainda mais forte que as estrelas no céu.

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